Pescaria de Tucunaré em Bataguassu - Mato Grosso do Sul - Atrás dos Bocudos

Olá meus amigos pescadores.

Hoje Matéria de falará de Tucunaré.

Pescaria Realizada em BATAGUASSU - MATO GROSSO DO SUL.
Atrás dos tucunarés ........ que venham os BOCUDOS ..........

Realizamos a excursão em Maio de 2014.

Nós seguimos em três carros de São Paulo à Bataguassu, e a viagem demorou em torno de 8 horas, isto porque como veem nas fotos paramos, tiramos bastantes fotos e nos divertimos muito, afinal a pescaria mesmo só se iniciaria no dia seguinte, sendo assim não tínhamos pressa nenhuma de chegar à pousada.

Ficamos numa pousada muito boa, Pousada Bertasso, do proprietário Fábio, Gente muito bacana.
Uma pousada com apartamentos muito bem divididos e aconchegantes, comida Excelente e o local conta com o píer de embarcação bem próximo aos aposentos, na beira do Rio Paraná o que realmente facilita evitando aquelas longas caminhadas para ir ou para voltar da pescaria.

E outra coisa maravilhosa é que a maior parte dos pontos de pesca são bem próximos à pousada, evitando assim muita navegação e economizando combustível, o que torna a estadia na pousada mais econômica e a pescaria mais produtiva.
Fizemos três dias de pescaria:

PRIMEIRO DIA:

O Meu Parceiro de Pesca foi Nilson Carlos Rojo.

Acordamos por volta das 6:00 da manhã, eu e meu parceiro Nilson Carlos.
Tomamos um banho Horamos pedindo proteção e mais um dia bom de pescaria.
Pegamos as tralhas que havíamos separado no dia anterior e seguimos para o refeitório para tomar o café da manhã e encontrar nosso piloteiro.
O café ótimo Muita opção para comer......... como disse agora pouco o Fábio (Proprietário da Pousada) o tempo todo querendo agradar a mim e todo o pessoal que eu trouxe na excursão.

Encontramos nosso piloteiro, carregamos o barco vamos que vamos ........Atrás deles......OS BOCUDOS.
O tempo estava bem fechado, com muitas nuvens, e antes mesmo de chegarmos ao primeiro ponto de pesca caiu um pé d’água .
Colocamos as capas e ficamos ali no meio do rio como estátuas.
Seguiu a chuva bem forte mesmo por uns 15 minutos, depois virou uma garoa, nesta hora seguimos navegação e chegamos ao destino.
Apesar do dia bem fechado e feio, a temperatura não era muito baixa, e tínhamos até um calor razoável 28 graus.
Já a temperatura da água baixou um pouco com a chuva, mas nada que causasse uma mudança no comportamento do peixe, medimos 21 graus na água.
A água não sujou muito também, o que também não influenciaria muito no comportamento do Tucuna.
A pressão atmosférica era de 1015 e segundo nosso piloteiro na semana anterior o peixe estava bem ativo.
Nosso primeiro ponto de pesca era as margens de uma ilha repleta de taboas, com o motor elétrico o piloteiro varreu a ilha toda e nós arremessávamos na margem da ilha e íamos trabalhando as iscas.
Resolvemos para tentar tornar a pescaria o mais produtiva possível trabalhar cada um com um tipo de isca.

O Nilson ficou com uma isca meia água (iscas com barbelas), o nosso piloteiro trabalhou com uma Xuxinha (gig de ferro trabalhado na meia água com acabamento em penacho) e eu fiquei encarregado de levantar o peixe com as zaras e os Sticks (Iscas de superfície).

Logo no segundo ou terceiro arremesso eu já engatei um Tucunaré Amarelo, tinha aproximadamente 1,2 Kg, como todo tucunaré amarelo, tinha uma coloração linda.

Na sequencia, enquanto eu tirava o meu Tucuna, o Nilsão já engatou um Azul e o Piloteiro outro amarelo, e claro que a alegria no barco tomou conta, ali já nos empolgou todos, era aprova de que o dia seria ótimo.

E realmente foi, pegamos somente na parte da manhã em torno de 35 à 40 Tucunarés, todos na faixa de 1 à 2 Kg, alguns Amarelos e outros Azuis, sairão mais Amarelos do que Azuis.
Ao chegarmos à Pousada para o almoço, para a nossa surpresa só nós tínhamos pescado tamanha quantidade de peixes, o que ocorreu foi que com o pé d’água que caiu bem cedo, todos acabaram voltando para a pousada acreditando que só teria condições favoráveis após o almoço ou até mesmo no dia seguinte, olha foi só mostrarmos as fotos e os vídeos que fizemos e todos se arrependeram de não ter insistido e ficado mais meia horinha que fosse.
Comemos e rapidamente voltamos a pescar, fomos para ouros locais de pesca, e a mesma produção que tivemos de manhã, repetimos de tarde, com uma única diferença, eu peguei três Azulões de 3 Kg cada aproximadamente, os bocudos davam cada cacetada na superfície e aquilo me deixa maluco.
Em uma delas o Azulão deu uma bela cacetada no meu Stick mais não entrou, errou por duas vezes o bote, e na terceira tentativa abocanhou a isca, uma sensação maravilhosa.
Voltamos para a pousada já estava escuro, aproveitamos ao máximo o primeiro dia.

Segundo dia de Pescaria:

As condições estavam idênticas ao do primeiro dia, porém sem chuva e o Ceú abriu e fez um sol meio tímido, mas que acabou até aumentando a temperatura.
O que nos dava a esperança de termos um dia até melhor de pescaria.

Desta vez fomos para o lado oposto do rio, se no primeiro dia fomos para a direita do rio Paraná, desta vez seguimos para a esquerda.

Infelizmente a escolha não foi bem acertada, penamos bastante até engatarmos nosso primeiro Bocudo.
Já era mais ou menos 10:30 quando Nilson engatou um bonito amarelo de uns 1,5 Kg, no mesmo ponto o piloteiro também engatou um amarelinho de 1,1 Kg e pela manhã foi só.

Passamos a manhã toda e batemos sem parar, mas tivemos cinco ou seis ações e engatamos 2 Bocudos somente.
Voltamos para a pousada e conversamos com o povo, e na verdade todos estavam na mesma, a produção nos barcos fora similar ou até pior.
Independente para onde se foi à dupla, tiveram duplas que foram para os pontos onde no dia anterior eu e o Nilson havíamos pegado bem, mas que agora de manhã também não haviam pego nenhum peixe.

Almoçamos e fomos com fé, sem desanimar, afinal pescaria é assim mesmo.
E para a nossa surpresa só na parte da tarde do segundo dia pegamos uns 40 tucunarés aproximadamente.
Tanto o Azul quanto o amarelo, porém mais azuis desta vez.
Ede quebra o Nilson pegou três Oscar, ele mesmo aquele peixinho coloridinho de aquário, porém o da Natureza cresce bem, em torno de 1,2 Kg cada.
Eu tive inclusive a sorte de acertar um Azulão bem grande na superfície, o bichão tomou linha e deu uma briga boa, não consigo dizer ao certo quantos quilos tinha pois não consegui embarcar o bocudo, a linha na terceira tomada dele acabou estourando, passou num galho e acabei perdendo o bonitão.
Mas pelas tomadas de linha e pelos outros que tiramos era peixe de 4,5 Kg ou mais, como o material que estávamos pescando era bem levinho, vara de 14 libras, linha multi de 20 libras, e Lider de 0,29 mm tive que tentar trabalhar o peixe da melhor maneira possível, mas não pude evitar o Pau.
Voltamos para os pousados aliviados e felizes.

Terceiro dia de Pescaria:

O sol Raio e esquentou de vez, chegamos à temperatura de 38 graus, um dia Maravilhoso.
Pressão ótima 1018 mb, água limpinha, praticamente cristalina.

Mais infelizmente nada de peixe de manhã novamente.

Tivemos outra vez umas cinco ações, todas na superfície, porém era claríssimo que o peixe não queria comer, errava o bote propositadamente, parecia que só queria espantar a isca, como se fosse um peixe invadindo seu território.

E pegar mesmo nada, desta vez voltamos Sapateiros para a pousada, e era geral, todos na mesma, só um dos barcos que acabou pegando dois tucunarés no Lambari.

Almoçamos e na hora de voltar para a pesca recebi o convite de um amigo.
Pedro Medeiros, irmão do João Medeiros do Site Histórias de Pescador, me chamando para de tarde irmos atrás dos grandões de Couro.

Como já tinha pego bastante Tucunaré, pois apesar da manhã ter sido ruim, já estava muito feliz com os dois dias e meio de pesca.
Foram muitas cacetadas na superfície, a pescaria tinha num todo sido maravilhosa, não poderia reclamar de forma nenhuma, resolvi aceitar.
O Nilson Pulou para o Barco do João e o Pedro Pulou para meu barco, eu o Pedro e mais o primo dele fomos atrás de Pintados, Cacharas e Dourados, e Nilson e João Medeiros foram a busca dos Tucunas.

Eles tiveram melhor sorte do que nós e pegaram Bocudos até enjoar, já nós......rs ......voltamos para a pousada Sapateiros.

A tarde valeu mesmo pelo por do sol, considerado pelo Fantástico da Globo o melhor por do sol do Brasil, coloquei a foto ai para vocês verem, é lindo mesmo.
Mas é isto ai, mais uma pescaria que chegava ao fim, e aqui compartilho com vocês, espero que gostem.



Abraços
G.Patrício